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quarta-feira, 5 de março de 2014

clarificando o vírus económico…

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O MOSQUITO

Ninguém duvida da necessidade do Mosquito

no equilíbrio ecológico…

Porém há quem entenda ser o mesmo pernicioso

para a economia…

Sendo portador  em potencia de vírus

o mosquito pode redundar em quebra de produtividade

e aumento de faturação…

faturar não é receber ou liquidar…

Ser Credor não é sinal de rendimento assegurado…

O Devedor pode não efetuar o Pagamento…

Faturar sem Receber é o mesmo que

Patinar na lama sem sair do sitio…

Os mosquitos desenvolvem.se em

“águas paradas”…

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

AUTOCONSTRUÇÃO– Art .º 65 - Dto à Habitação

Autoconstrução - Art.º 65º -DIREITO À HABITAÇÃO

A Autoconstrução é um direito, liberdade e garantia que assenta nos primórdios do Ser Humano… O homem Pré-histórico, procurou refúgio, abrigo dos animais e intempéries…Tão depressa se acomodou nas cavernas como começou ele próprio a construir os seus refúgios e abrigos… E assim foi auto construindo a sua casa e a dos seus ao longo de toda a História e mesmo já na Pré-História…Ninguém lhe deu licença inicial ou fabricou projeto e condicionantes urbanísticas e outras… assim nasceram cidades, culturas, civilizações e muito mais … Hoje em dia , surgem Favelas, Musseques, Bairros de Lata e outras Urbanizações ditas de “génese ilegal”, porque uma série de outros interesses económicos e políticos. Se sobrepões ao elementar direito à habitação… Basta olhar as modificações que sofreu o Artº 65º da Constituição desde a Constituição Original de 1976 até à sétima revisão da constituição ocorrida em 2004

No inicio, a Constituição de 2 Abril de 1976 , dizia no seu nº 2 b) do artº 65: “ Para assegurar o direito à habitação, Incumbe ao Estado: - …//…” fomentar a autoconstrução e a criação de cooperativas de habitação…

Paradoxalmente, ou talvez não, já na Primeira Revisão-1982 , salvo erro ao tempo da AD , aquela alínea mantem-se inalterada…e o “ FOMENTO DA AUTOCONSTRUÇÃO “ mantem-se até à revisão de 1989Sendo ai estripada a sangrar da Constituição da República Portuguesa…

Se não nos falha a memória é por essa altura que floresce o conceito de HABITAÇÃO SOCIAL…É por essa altura que os emigrantes das Franças e Alemanhas já mandaram edificar as suas sonhadas casas Tipo Maison ou Chalé Suisso…E a Construção Civil necessita de um novo impulso para contrariar as falências das tão famosas “Sociedades de Construções”.. E é por essa altura que particulares e autarquias empenham as suas fazendas e salários a entidades bancárias para terem direito a uma casa própria…

No entretanto há um sector cooperativo habitacional que floresce aqui e acolá mas declina e soçobra mais além…Politicamente o regime no poder social democrata não olha com bons olhos o sector da habitação enquanto cooperativo, pois este contende e concorre com outro interesse económico das empresas de obras publicas e particulares…Cooperativas sim mas no ensino privado e universitário…cooperativas sim mas no sector agrícola, financeiro e lacticínios…De repente , os particulares estão insolventes, não conseguem pagar o empréstimo habitacional, nem os agricultores conseguem medrar e são obrigados a entregar os solos aráveis aos bancos, nem os estudantes universitários conseguem usar e valorar os cursos que tiraram nessas cooperativas de ensino…etc.…etc.…

E tudo isto porquê ? Porque se retirou a cada um e a cada qual o sonho base de cada ser humano…O Direito de poder fazer e ter uma “palhota” só sua e edificada a seu “gosto”… O tal DIREITO À AUTOCONTRUÇÃO… o direito a construir bem, barato, bom e com gosto pessoal, sem tempo limite, como é necessário em qualquer obra de arte que nasce do génio e da vontade de cada um…

Renato Gomes Pereira – Janeiro de 2014

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A FLOR–DO-LIXO

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A FLOR DO LIXO

  Não há nada mais impressionante e rico do que uma lixeira bem gorda. Daquelas onde proliferam as larvas, onde as moscas são mais luzidias,freneticamente bailando em Versailianos  Salões, como são dos gatos mortos as amarelo-pálido-sangrentas tripas esventradas, em socalcos dispostas, decompostas…Òh ! Estâse… E ver o fumo negro espesso mais o lume das garrafas de plástico ardendo vermelhas, e o cheiro,óh sim,o cheiro…Como penetra nas narinas…que estrondosa sensação!Mas do que se gosta, do que um homem pode gostar a sério é de revolver os contentores do lixo,virar tudo de cangalhas,sentir cheiros diferentes,inebriantes, procurando incessante e sofregamente a tão almejada flor-do-lixo.

In “SEMENTE DA DESTRUIÇÂO” – renato gomes pereira –20 Outubro 1982

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sábado, 18 de janeiro de 2014

DESATINO

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“Desatino” (I)

poema XC 21.07.1981 Renato Pereira

Pelo Túnel da Desgraça caminho há longas noites

negras…

Vou alienado seguindo o quê?

A Fama ?

A Lua ?

O Sonho?

A Morte ?

Que fazer neste emaranhado confuso

de confusões

negras,

invisíveis,

entorpecentes ?

nau002nau004nau001Lâmpada

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE …

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FÉ , ESPERANÇA E CARIDADE

A Fé ---Ter fé é a primeira obrigação do Crente…

Quem “desconhece” não pode ter fé….

Quem “tem dúvida” não acredita…

O “incrédulo” despreza a Fé, ou recusa acreditar…

O “herege” renega a Fé depois de a ter aceitado…

 

A Esperança--- Amar e agir de acordo com os Mandamentos.

O “desesperado” deixa de confiar…

O “presunçoso” acha que não precisa de Deus, ou que

Deus lhe satisfaz todas as suas vontades e satisfações…

 

A Caridade --- Amar a Deus… (ama ao Próximo…)

O “indiferente” descuida ou recusa o cuidado com o “Próximo”;

O “ingrato” não aceita, porque não quer ou não pensa, o Amor de Deus…

O “hesitante” negligência o seu “amor a Deus e ao Próximo”…

O “preguiçoso” descai até recusar a alegria da salvação

que Deus lhe proporciona…

O “orgulhoso” odeia Deus…não quer o seu Amor…

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sábado, 21 de dezembro de 2013

CARGOS POLITICOS SIM…mas sem subvenções , pensões ou vencimentos … Principio da Gratuitidade…

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  PRINCIPIO DA GRATUITIDADE DOS CARGOS POLITICOS 

TODOS OS CARGOS POLITICOS DEVEM SER GRATUITOS.

Não devem ser remunerados, subvencionados, pensionáveis,

ou sujeitos a qualquer vencimento ou regalia…

    Apenas devem ser permitidas ajudas de custo, onde se pode incluir as deslocações,

as despesas de representação, a alimentação, e outras despesas devidamente justificadas.

Nada a opor que os anos gastos em cargos políticos se possam somar aos demais anos

da vida activa , mesmo computados aos melhore anos para efeitos

de reforma por aposentação, invalidez, ou pré-reforma…

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O Pato LARANJA

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     O Pato LARANJA era um Pato. E era laranja…

O Pato Laranja vivia como outros patos…

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Os outros patos também eram Patos Laranja…

Mas havia patos que não eram patos nem Laranjas…

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E também havia outros Laranjas mas que não eram Patos.

E era Natal !!! votos

Todos estavam contentes !!!

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Ninguém comia Patos no Natal…nem Laranjas!!!

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Os Preços eram Baixos!!! BAIXISSIMOS !!!

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Ninguém queria vender Patos, e muito menos Laranjas…

E só Ninguém votava nos Patos ,e nos Laranjas…

Os outros Não eram Ninguém…

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e Queriam Eleições Já…  contra os patos laranjas !

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E FOI ASSIM que naquele Natal…se serviu pato

com laranja ao Jantar… Ninguém comeu

apenas couves com batatas…

                              FIM

Conto de Natal – autor : renato pereira

ilustração: renato pereira…

sábado, 30 de novembro de 2013

BAIXEM OS PREÇOS

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SÃO AS MIGALHAS,

OS SACRIFICIOS,

OS AFORROS

E AS POUPANÇAS DOS POBRES,


que fazem as FORTUNAS dos Banqueiros...


EM ÉPOCA DE CRISE,

sempre são sacrificados os pobres poupados

em beneficio dos ricos afortunados…
                                                                 POR ISSO
BAIXEM OS PREÇOSclip_image001
http://baixemosprecos.blogspot.com

BAIXEM OS PREÇOS

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

MEMÓRIAS DE ANGOLA

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CONTO DA TININHA – Memórias de Angola-

O Sol era vermelho. O mar azul. O Sol continuava vermelho. O mar transformava-se em azul-esverdeado, em amarelo, em prata ensanguentada.A Terra, dessa só se descobriam as silhuetas das palmeiras e dos dongos com o focinho virado para o Mussulo. De que cor eram? Seriam negros com sombras acastanhadas, ou castanho com sombreado negro.

Divisava-se agora um disco alaranjado sobre um fundo azul-roxo. Sim estava ali o símbolo dos “Kamicazi”,o símbolo de guerra quente entre potências, o símbolo de trezentos mil mortos…

Na cidade continuava ou melhor recomeçava o som a que todos estavam habituados: rajadas de metalhadoras, rebentamentos de granadas, morteiros lá longe no Golfe, mais perto da Terra Nova…Sim! E aquele que rebentou na Avenida do Brasil?

- “ Mano, xhé …! A casa foi só no ar, os chapa de zinco foi só parar na rua, bocadinho só…”

- Olha! E ficou alguém morto?

- “Como pode saber? Eles tinha cão galinhas quibiri.Pior é que a gente não sabemos que eles estão na casa…muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiita carne no chão.Pior é a gente não sabemos… O Juca – aquele branco - o avilo que andava só a rondar a Tinhinha – está mesmo maluco! Ponhou reclame na “emissora oficial” para acharem a Tininha”

Ao som da metralha os tempos foram passando. A Tininha não aparecia! Já não se podia ir à casa dela. Era “zona libertada” dominada pelos Sandokans…

O Juca rebuscava tudo.Escreveu para um parente dela no Lobito..Nada !!! Procurou nas agências de viagem..teria a Tininha ido pró Brasil ou para o Puto ??? Mas Também não… Que fazer? Ir à Senado da Câmara? A casa da Tininha… examinar tudo lá, a ver se encontrava alguma coisa dela… ela usava sempre a bracelete que ele lhe presenteara.É, mas se lha tivessem roubado ?Não fazia mal . ia arriscar. Montou na Yama! Bate o ponteiro do conta quilómetros os cem quando ele atravessa a Avenida dos Combatentes. Parou a mota…fechou-a! Entrou no musseque Marçal…Não fazia mal que levasse um tiro ou que fosse morto lentamente, queimado compontas de cigarro, que lhe arrancassem os testículos, que lhe cuspissem na cara que lhe obrigassem a comer fezes.Que importava… se tivesse encontrado a bracelete dela…estava morta !!!

Mas o Juca vê ao fundo três homens fardados de azul claro esverdeado, com boina preta…são Faplas! E pensou:

- E se a Tininha não estiver morta? E se eu for agora preso pelo Mpla?

Estava nesses pensamentos quando:

- “ Que queres daqui “pula” ?

- Quero ir á casa da Tininha

- “ E quem é a Tininha? É Bumba?

- Se não é… Já foi…está morta!

- “ Estás a gozar! Espera que eu vou pôr a tua pela ao sol!”

AIH…Eih! O Juca devia estar drogado! Quando o fapla lhe ia assentar uma coronhada, atirou-se de pés, como fazia no futebol, derrubando-o. Este caiu por cima do segundo e o terceiro fapla com a atrapalhação carregou no gatilho ou a sua Simonov de tambor redondo por cima começou a disparar com o movimento, atingindo o primeiro fapla. Juca aproveitou a altura para fugir em zigue zague. E conseguiu …Montou ma Yama! O ponteiro bate os cento e trinta quando ele atravessa a Avenida dos Combatentes. Isto foi o que ele contou a um primo que é meu amigo. Eu confesso que não acredito muito, mas pode ter sido verdade. Com regadela ou não a verdade é que o primo do meu amigo não pôde mais andar em sossego… Arranjou passagem de graça para Portugal, na ponte aérea, chegou lá no fim de setenta e cinco…Mas não encontrou mais a Tininha!

Podia acabar agora esta história dizendo que o Juca era mais um retornado em tratamento no “conde ferreira”(hospital dos alienados mentais) … Ou que está na prisão e aguarda julgamento por roubar um automóvel, ou coisa assim…Podia contar que ele se tinha dedicado ao Tráfico de “liamba” e que foi encontrado mais um retornado “no parque Eduardo VII, com liamba. E se vos informasse antes que o Juca levou uma facada na Rua Escura,ou agrediu alguém e foi morto com um tiro? Ou que se tivesse fechado num dos inúmeros sanitários público, e aí largasse a sua ponta e mola ao coração.Tudo isto era pintar de mais escuro o que já é preto escuro em si mesmo.

Para acabar escolho duas hipoteses. Uma é esta:

Ele encontrou a Tininha no Bairro Alto, quase a entrar no negócio da prostituição da “alta-roda”…Chamou por ela e contou-lhe tudo. E ela naquela sua voz meiga e agarrada ao pescoço contava-lhe que o pai tivera um negócio de diamantes que lhe calhou mal e ficar em Luanda era morte certa…Chegou cá e foi para o Irão.Sua mãe não podia trabalhar era doente e o pai lá do Irão não mandava dinheiro algum, não souberam mais dele…ela bem tentou arranjar um emprego como dactilógrafa. Mas quê? E emprego ? Por isso a vira ele agora ali. E a sessão acabava com mãos dadas e beijos apaixonados…

A outra hipótese é a verdadeira:

Ele não encontrou Tininha alguma e foi trabalhar para uma agro-pecuária de uns outros retornados e quando se lembra da Tininha bebe vinho tinto - do bom.Diz que é o “maluvo” E assim tenta esquecer “diluído nas suas bebedeiras”.

Renato Gomes Pereira – conto escrito em 29 de Janeiro de 1977